Voltando ao tema, o que acontece é que gostamos de tocar no limite, no limite dos instrumentos, das possibilidades técnicas, da complexidade de arranjos. Por isso assumimo-nos como um grupo de risco, não naquele sentido médico-criminal (daqueles grupos de risco para certas doenças ou para certas actividades criminais menos lícitas), mas porque gostamos de arriscar, e improvisar e fazer coisas que só com a adrenalina dos concertos ao vivo é que podem sair bem (sim, disse concertos; nem só de bailes vive o Homem). É por estas e por outras que dispensamos drogas para estar à vontade em palco (quer dizer, um copito de vinho antes até ajuda a estabelecer sinapses musicais entre os neurónios mais recalcitrantes). Basta-nos a adrenalina do momento, a excitação de estar sempre a fazer algo de novo, as endomorfinas abençoadas que nos fazem resistir de pé horas a fio. Enfim, isso tudo e uma sala com pouca humidade (como todos sabem, a humidade é a maior inimiga do músico; depois explico) e muita gente a arrastar os pés ao som da música e da secção rítmica (não necessariamente por esta ordem).
Incidência criminal por faixa etária
4 comentários:
"PORTUGAL REBELDE",um espaço de divulgação e apoio da música nacional, em www.portugalrebelde.blogspot.com
Apareçam por lá...
Um abraço
António Manuel
Tão a ver? Basta o Paulo vir com esta cena do grupo de risco, coisa que eu desde já não subscrevo, cruz credo, quéu sou uma raparig...ona séria, e já nos querem em coisas rebeldes, e tal... eu avisei.
Qualquer dia ainda dizem que somos um grupo rock! benze-te!
Sim, até parece que fui eu que propus para nome do album "A Revolta dos Badalos". Quem anda por aí nas rebeldias é a malta das revoltas, como toda a gente sabe.
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